"Não julgue os outros só porque os pecados deles são diferentes dos seus."

"Depois de um tempo, você ainda vai lembrar dessa ferida que rasgou fundo o teu peito. Mas vai saber também, que foi apenas uma página do capítulo passado. E que o capítulo que você está agora. Ah, esse sim é o mais interessante."



sábado, 30 de janeiro de 2016

Sempre brinco dizendo que é preciso "namorar alguém que" goste da gente. Fico lendo esses textos sobre como a pessoa deve ser, do que ela tem que gostar e, confesso, sinto uma certa preguiça em impor tantas pequenas condições para que se possa ficar com alguém. Ainda assim, vejo que eles um fundo de verdade. Talvez eu seja chato mesmo, mas acho que vou continuar me agarrando ao conceito do fique com alguém que seja louco por você. Louco varrido, doido, daqueles capazes de cometer loucuras só pra te ver. Aqueles que não tem vergonha de dizerem o que sente ou se jogarem no sentimento. Raros são aqueles que ouvem o que o Amor quer dizer de verdade. É difícil, então, encontrar pessoas suspirando por aí como um desses romances descritos em livros, filmes, novelas. Me recuso a acreditar que seja por causa da fartura de opções ou porque ninguém mais quer saber disso. Talvez só não seja o momento ainda. Quando você encontrar uma pessoa a qual admire desde o jeito dela de passar a mão no cabelo até a força de vontade com que batalha pelos sonhos; quando se deparar com alguém que roube seu fôlego numa lembrança e que faça o mundo parar quando pousa os olhos em ti; quando parecer que já não há mais graça em ficar sozinho e que tudo tem outra cor e outro sabor quando ela está por perto; aí você vai entender o porquê de não ter escolhido ninguém antes. Tenho certeza de que você vai olhá-la se perguntando "por onde é que ela andou esse tempo todo!?". Sim, o Amor também é um tipo de espera. Também exige paciência. O Amor é a admiração mútua. É um nascer de novo, dessa vez pro outro. É sorrir em paz com o passado, nem pensar direito no futuro e abraçar o presente. É entender aquela velha coisa que diz que ninguém é de ninguém, mas seu coração encontrou dono. Enfim.
[ Gustavo Lacombe ]