"Não julgue os outros só porque os pecados deles são diferentes dos seus."

"Depois de um tempo, você ainda vai lembrar dessa ferida que rasgou fundo o teu peito. Mas vai saber também, que foi apenas uma página do capítulo passado. E que o capítulo que você está agora. Ah, esse sim é o mais interessante."



sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A alegria de ter 40 anos.

"Quando você faz 40 anos, não dá mais para fingir. É impossível trabalhar em um lugar que você odeia, é impossível namorar quem você não ama e é impossível não cuidar bem do seu corpo. Depois dos 40, você está mais sintonizado com o seu corpo, seu coração e sua alma.
Algumas mudanças são difíceis, seu corpo começa a rejeitar algumas coisas como excesso de café ou ficar bêbada e acordada a noite inteira. Seu coração começa a se interessar menos por explorar livremente por aí e mais por intensificar algo com quem você realmente gosta.
Sua essência está mais conectada com os seus verdadeiros desejos. Aos 40, você para de enganar tanto as pessoas. E, consequentemente, você também para de se enganar. Aos 40, você começa a perceber quem é e o que quer. Aos 40, você está confiante sobre as suas qualidades, mas também conhece seus pontos fracos. Aos 40, você substitui desculpas esfarrapadas por verdades. Aos 40, uma ressaca não é mais uma leve dor de cabeça no domingo de manhã, é tipo o pior dia da sua vida.
Quando eu fiz 40 anos, eu resisti à muitas dessas mudanças. Eu chorei quando o médico me mandou tomar menos café e mais Omeprazol. Eu fiquei indignada quando fiquei bêbada com duas cervejas e ainda me senti morta no dia seguinte. Senti que tinha algo errado comigo por não querer aproveitar a noite de sexta. Mas agora eu faço o que eu quiser das minhas noites de sexta. Geralmente, eu leio um livro ou assisto Netflix. Coloco um pijama assim que chego em casa, e me deito no sofá.
Claro que ainda tomo uma ou outra taça de vinho, uma cervejinha especial, mas minha semana não gira mais em torno de beber ou de qual balada tenho que ir. Quando me perguntam se eu quero fazer alguma coisa, eu já imagino um programa ao ar livre, uma viagem para algum lugar legal, ficar em casa sossegada e não necessariamente beber.
Aos 20, 30 anos você quer ser amigo de todo mundo. Tudo gira em torno de conhecer gente nova para sair. Tem aquilo de no sábado vai rolar tal coisa, que quase sempre se resume em 5, 10 ou 20 amigos aleatórios no bar ou na balada.
Aos 40, esses rolês começam a ficar insuportáveis. Você já sabe quais são seus amigos de verdade. Depois de anos de vamos marcar alguma coisa, essas saídas são substituídas por programas mais intimistas. É claro que, de vez em quando, eu topo uma festinha, mas geralmente prefiro conversar com alguém que seja realmente importante para mim, que faça parte da minha vida e que eu gostaria que estivesse no meu casamento – e não alguém que só curte as minhas fotos no Facebook. Aos 40 você pode tranquilamente desligar celular, telefone e até interfone sem se sentir culpada.
É uma delícia cuidar do seu corpo e do seu coração com mais carinho, ser fiel à quem você é e ao que você deseja. Inclusive, ficar em casa em uma sexta-feira e aproveitar a vida como você realmente quer, sem ter que dar satisfações para ninguém. Essa é a alegria de ter 40 anos."