Desculpa minha maneira de dizer, assim, sem qualquer introdução ou motivo, mas você não mente bem. Você se tornou o desafio perfeito e, confesso, sua embalagem prometia muito mais do que o produto realmente é. Fui eu quem cuidei da parte da atitude, da conversa, do momento certo. Acho muito cansativo ser responsável por tudo, então eu desisto de tentar te fazer humano. Pode seguir com sua falta de falta de vida, cheio de pose e e frases prontas.
Você não sabe conversar e eu sou um poço infinito de palavras, jogadas na sua cara, mostrando que a falta de conteúdo pode sim te afetar. Era muito fácil com aquelas garotas, não? Um pouco de álcool, o que você faz da vida, vamos fugir de todo mundo. Mas e alguém de corpo e alma? Aí você desiste, porque no dia seguinte não tem mais o que falar..
Falta em você algum brilho, alguma individualidade, algo que te faça especial. Em mim esse brilho sobra e eu saio por aí espalhando, como se fosse bonito se perder em todo mundo só porque meu corpo não é suficiente pra me abrigar. E nós seguimos sendo nada, enquanto você não descobre que eu leio sua insegurança.
Vou deixar você procurar em todas o que você só vai achar em mim, mas não vou te esperar. Quando você perceber, será tarde demais. Mas eu deixo você olhar, porque você é lindo calado e eu falo para uma plateia inteira. Se algum dia manequim for objeto de palco, a gente se encontra.
[Verônica H.]