"Não julgue os outros só porque os pecados deles são diferentes dos seus."

"Depois de um tempo, você ainda vai lembrar dessa ferida que rasgou fundo o teu peito. Mas vai saber também, que foi apenas uma página do capítulo passado. E que o capítulo que você está agora. Ah, esse sim é o mais interessante."



sábado, 23 de julho de 2011


Dei um suspiro fundo. Um suspiro de verdade, vontade, saudade. Um suspiro imenso, profundo, intenso. Um suspiro que a gente só dá quando lembra de alguém que foi importante na nossa vida.
Você já deve ter tido um amor assim (por favor, diz que sim!). Aquele amor que te agita, vira do avesso, grita. Aquele amor que te deixa louca, viva, boba. Aquele amor que faz você se sentir especial, nova, única. Aquele amor que faz você ver a vida de outra maneira.
Eu gostava tanto de você. Do seu jeito de falar manso. Da maneira como as palavras que saíam da sua boca dançavam alucinadas no meu ouvido. Da forma como as suas mãos sempre quentes tocavam o meu corpo. Do seu olhar que me arrepiava por dentro e por fora. E que fazia com que eu me sentisse a pessoa mais especial do universo inteirinho. Era isso: você fazia com que eu me sentisse diferente de todas as outras.
Uma mulher quer se sentir desejada todos os dias. Com letras ou ações. Com olhares ou manifestações. De qualquer jeito, a qualquer hora, em qualquer lugar. Você conseguia isso de todas as formas possíveis. E com você eu aprendi a me amar, me olhar, me proteger.
Fiz tudo que podia para ficar com você. Fui até onde meu coração deixou. Até onde suportei. Até onde consegui resistir. Mas não consegui. Qualquer tipo de sentimento, para viver e se fortalecer, precisa de cuidado e atenção. E eu não podia fazer por mim e por você. Por isso, desisti. Afoguei o  amor que tinha por você e decidi seguir em frente.
Dei um suspiro fundo. Um suspiro de verdade, vontade, saudade. Um suspiro diferente, sem mágoa, coerente. Ai, que saudade daquela pessoa sem medo, que se entregava sem pensar em nada, que tinha a ingenuidade no coração e no olhar. Ai, que saudade de mim.
Clarissa Correa