À noite, quando me deito, visto-me de uma saudade quente e premente. Divago então pela luz que me seduz, que te produz.
Desperto, aguardo! Que me guies para o outro lado, para o teu lado, que em segredo te insinues, que me abraces, que me desgraces em infinitos delírios.
Por fim, pela manhã, volto! Acordo de mão dada com a saudade, julgando ser mentira o que afinal foi verdade, e foi! Ainda tenho em mim o teu sabor, o calor que deixaste, a imagem dos caminhos por onde me perdi,[...]
Ah, saudade!
Roberto Leon