"(...)Atravesso a música, ele me atrai versos, e eu erro o passo, ele me traz para mais perto. Atravesso o corredor da casa, ele me atrai versos e me diz no ouvido uma frase_ um substantivo sem verbo: saudade. Atravessados na cama, ele me atrai versos e me diz no ouvido de um jeito sacana: saudade. Mas me falta o verbo. Atravessa o meu corpo, ele me atrai versos e eu digo sem jeito em seu ouvido: não quero. Atravesso a sanidade, ele trai os meus verbos e me induz a mudar de ideia quando digo: saudade. Eu quero."
Marla de Queiroz