"Não julgue os outros só porque os pecados deles são diferentes dos seus."

"Depois de um tempo, você ainda vai lembrar dessa ferida que rasgou fundo o teu peito. Mas vai saber também, que foi apenas uma página do capítulo passado. E que o capítulo que você está agora. Ah, esse sim é o mais interessante."



quarta-feira, 20 de agosto de 2014


E que o mais importante seja o amor: ele mesmo, em estado bruto até a sofisticação da evolução de ambos. Aquele que está além da dimensão homem-mulher, mas que abrange primeiramente o amor próprio, o amor à vida, o amor ao que nos fortalece, reforça nossa esperança, que nos amadurece e deixa gratos. O amor por mais um dia, por mais uma vitória, pela aceitação que supera o que antes era só uma maneira de admitir, mas que não nos conduzia à plenitude do que realmente a existência reservou para nós. Amor que não depende, agrega. Que não subtrai, soma. Amor que não “embarulha”, mas soa feito melodia doce. Amor que respeita a individualidade antes e apesar de qualquer coisa. Amor que nos faz enxergar o Outro como ele é sem as distorções e anestesias da carência ou quaisquer coisas que alterem nossa percepção de mundo. Sentimento que descobrimos sem medo, à flor da pele, cientes de que temos todas as ferramentas para superar conflitos, frustrações e que podemos evoluir também no que é desconfortável. Amor construído para ser saudável: sem pressa, ansiedade ou impulso. Tranquilamente o nosso coração abraça o Outro com toda a sua bagagem de potencialidades desenvolvidas e limitações. E o parceiro acha morada ali, naquele abrigo de paz. Não o único abrigo de paz, apenas mais um deles. Porque nossa vida é composta por muitas outras pessoas, paisagens, sensações que não podem ser excludentes quando decidimos nos unir. Amor de querer bem. Amor de se cuidar. Amor que sabe a hora também de deixar ir...
Tem que ser simples para ser bom. 
Que assim seja. Que seja SIM.



Marla de Queiroz